
Pois não é que uma instituição que sempre menosprezou as mulheres ( ser padre, bispo, cardeal ou papa é coisa pra homem e a única que goza - goza!? - de alguma consideração teve que ser mãe virgem) vem criticar o machismo latino americano como se não tivesse responsabilidade nisso. As meninas que ficam são putas e aborto é terrorismo, dizem eles, mas de gravidez e garotas eles não sabem da missa nem a cabecinha, digo eu. Já sobre terrorismo eu me rendo, são mais de 2000 anos de experiência.
De mulheres eu me confesso devoto e tenho fé que não se deve tratá-las de pau mole como se fossem umas coitadinhas, ora, sexo frágil é o cacete (e duas bolas penduradas)! Daí minha tristeza quando sou obrigado a admitir que algumas merecem a danação da broxada eterna. Vejam o caso da recente picuinha entre duas peruas em deputagem no congresso nacional. Clodovil Hernandes (PTC-SP) todo mundo já sabe e conhece (não foi por isso que foi eleito?), já a deputada Cida Diogo (PT-RJ) eu desconhecia até o lamentável episódio. Não satisfeita em protagonizar uma das cenas mais ridículas já vistas naquele pardieiro moral, ela agora apela pro corporativismo sexual, "porque as agressões dele atingem a todas nós", quer dizer, mulheres. Só faltou especificar (feias, complexadas, pusilânimes, mal-resolvidas-amadas-comidas, etc.). Toma tenência, Dona Cida, não me cause o constrangimento de ter que concordar com o infeliz deputado. Quebra de decoro deveria ser outra coisa, e aí onde a senhora está não faltam exemplos, mas punir o Colô por crime de opinião é dar a essa criatura o título de mártir político do novo milênio. E a bicha ainda vai te agradecer por isso.